13/04/2009

Sexta cinza e santa

A alma, como papel, se desfaz.
Dissolve-se em pequenas
fatias de cinza
- Em uma cinza sexta santa.


Ao largo, toda alegria
espreita a melancolia
- À revelia da alma fria
que assa
Sua sombra sombria na ausência do sol.

Taciturno, passa o dia que não houve dia, senão
Trevas.

Nestes dias sem sol
a solidão assola.

Triturei-me as carnes da alma,
em um moedor
Metafísico de carnes e almas.

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