A alegria dos homens
É o Violinista da rua...
Que toca Bach entre as mesas do bar.
Toca afetos, entre os desafetos do bar;
Entre os olhares translúcidos
Dos ouvidos lúcidos do ar.
E, mesmo nos ouvidos pouco lúcidos,
Olvidados de qualquer afeto,
Soa, nesse ar, a transposição do século.
Os séculos que foram olvidados não sentiram
O mínimo
Do afeto
Do instante
Do vibrato
Intenso
Do Violinista da rua do Bar Central.
4 comentários:
poxa, tocando Bach na noite recifense... das duas uma: ou eu encheria meu coração de graça e sentiria-me mais feliz; ou ficaria entristecido com a realidade profundamente. As vezes, a realidade é tão insossa que o brega e o maracatu são convenientes. Mas, Bach... esse é o Hermes da música, o mensageiro de Deus!
É...conheço o violinista.
Lembro-me bem dele...foi numa noite nublada...num clima de melancolia, agonia...estavamos eu e eu-antes...
É...o músico...
breve momento de paz.
PORSAG
Eu quereria ter escrito este poema quando encontrei este violinista... mas não pude escrevê-lo!
O som me embriagou mais que as cervejas (long-necks caríssimas do Central...). Esqueci tudo...
Esqueci, inclusive, a vontade de escrever um poema...
Que bom que você escreveu!
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