Do tempo que escorria,
O homem da Ampulheta.
As paredes de vidro
Eram lisas como lodo
- Escorregafrias...
Tudo era estanque
Naquele "ir"...
Que ia sem vir.
Vagarosamente partia.
Mas, era só aparente,
Pois veloz era.
Foi. Pra baixo, foi.
Inevitalvelmente iria...
- Como persona das Eras.
Despejou-se por cima
De toda matéria insólita de baixo,
Que eram todas as Eras que já eram.
Que foram pra baixo.
Que, inevitavelmente, foram.
Pois o destino é ir.
E, esperaram a mão benevolente
Que entornaria a ampulheta;
Mas, esperaram em vão, as Eras.
Em vez de mãos, caíram pés.
Os pés daquele homem
Que deslizara...
Que deslizara inerte,
Indiferente às eras que pisava,
No seu desejo impávido de voltar!
Indiferente ao que havia embaixo,
Olhava desejoso pra cima...
E via o último Grão-de-Era, que vinha...
Que caía...
E o homem da Ampulheta
Bêbado de angústia, atirava pra cima,
Em vão, aquele último grão
Que tornava a cair...
E subir...
E cair...
E subir...
E cair...
O homem da Ampulheta.
As paredes de vidro
Eram lisas como lodo
- Escorregafrias...
Tudo era estanque
Naquele "ir"...
Que ia sem vir.
Vagarosamente partia.
Mas, era só aparente,
Pois veloz era.
Foi. Pra baixo, foi.
Inevitalvelmente iria...
- Como persona das Eras.
Despejou-se por cima
De toda matéria insólita de baixo,
Que eram todas as Eras que já eram.
Que foram pra baixo.
Que, inevitavelmente, foram.
Pois o destino é ir.
E, esperaram a mão benevolente
Que entornaria a ampulheta;
Mas, esperaram em vão, as Eras.
Em vez de mãos, caíram pés.
Os pés daquele homem
Que deslizara...
Que deslizara inerte,
Indiferente às eras que pisava,
No seu desejo impávido de voltar!
Indiferente ao que havia embaixo,
Olhava desejoso pra cima...
E via o último Grão-de-Era, que vinha...
Que caía...
E o homem da Ampulheta
Bêbado de angústia, atirava pra cima,
Em vão, aquele último grão
Que tornava a cair...
E subir...
E cair...
E subir...
E cair...
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