A tarde findava sua queda, e o dia se faria noite em breve. Também Ícaro caía, em taciturnas lágrimas, afundando no sofá.
No silêncio de um dos becos do cais, um pobre cego defecava, às escuras, pronunciando suas agruras pra ninguém.
No calor do acolchoado sofá, sob a luz do abajur, Ícaro aquecia seu pranto discreto. O motivo do seu choro era irrisório: apenas a humanidade.
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