Estagnou-se no passado o dia
Em que a cidade era palco
Do mais nobre salto
Dos poetas serelepes.
No Recife não há problemas.
É, em si, todo problema.
No Recife os poetas de hoje em dia
São, em sua grande maioria,
Marginais,
Ou acrobatas de sinais.
Não há mais verbo,
Há apenas corpo,
Em um corpo todo doente.
Sim, o Recife está carente;
O Recife é um delinqüente
Entorpecido de cola.
Antigamente era uma escola
Hoje é decadente.
2 comentários:
discordo! temos aqui um grande poeta e um grande blogger! fiquei orgulhosa com tua visita... volte sempre raboni!
beijão!
...rsrsrs
olha o que a moça disse antes de mim!
"um grande poeta"... pois é... Enquanto há vida há esperanças (e desesperanças).
Gostei do poema, versos molhados deste sentimento/sentido teu sobre a poesia no Recife...
no entanto, me chamou a atenção uma coisa diferente no estilo (lembra os poemas narrativos?!?...este é também um estilo que se propõe e consegue descrever, embora não pinte cenários...), sim! a coisa diferente: experimentações (e cadências/ritmos) com rima; uma rima direta e crua que, por despretensiosa, cai bem em parecer que foi "sem querer"...
Beijo, Mago!
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